domingo, 3 de maio de 2009

Maria a Mãe de Deus ...


Lê-se em Lc 1, 41-42: ” Aconteceu que, mal Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança saltou em seu ventre; e Isabel,
cheia do Espírito Santo , exclamou em voz alta: “Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre! “
Por que então Isabel saudou Maria com tanto entusiasmo? É que o Espírito lhe abriu a mente para captar o mistério que
Maria escondia, mistério que a faz efetivamente a mais bendita entre todas as mulheres da terra.
Por um momento na história Maria é o centro do desígnio de Deus. Por ela passam e se cruzam todos os caminhos. Com
efeito, nela se encontram as duas Pessoas divinas que foram enviadas pelo Pai, o Filho e o Espírito. Primeiro o Espírito.
Este desce sobre ela e arma nela a sua tenda, quer dizer, mora definitivamente em Maria. É o que o texto de Lc 1,35
deixa em luz cristalina. Estabelece-se uma relação única entre o Espírito e Maria. Ela é assumida pelo Espírito de forma
tão radical que ela é elevada à altura do Divino. Por esta razão Lucas diz: “por causa disso, o Santo gerado será
chamado Filho de Deus” (1,35). O Filho de Deus só pode provir de alguém feito Deus. Maria, portanto, é o templo vivo do
Espírito.
Esse Espírito em Maria faz com que dela nasça o Filho de Deus encarnado. Maria empresta a sua carne. O Espírito vai
gestando a santa humanidade de Deus a partir de Maria. Num momento preciso da história, quando ela diz ao anjo Sim,
se fazem presente nela o Espírito que nela mora e o Filho eterno que começa a crescer como o seu filho. Dignidade maior
não existe. Por isso Isabel tem razão em seu júbilo: Maria é bendita entre todas as mulheres do universo.

Mãe